
Em cartaz nos cinemas de Teresina e dirigido por Alex Garland (Ex Machina), Guerra Civil apresenta uma mistura de ação e suspense, ambientado em um futuro não tão distante, quando uma guerra civil se instaura nos Estados Unidos. Neste cenário, uma equipe pioneira de jornalistas de guerra, onde estão Lee (Kirsten Dunst, sóbria e boa atriz) e seu colega de trabalho Joel (Wagner Moura, sem entrevistar ninguém mas perfeito no papel), viajam pelo país para registrar a dimensão e a situação de um cenário violento que tomou as ruas em uma rápida escalada, envolvendo toda a nação.
No entanto, o trabalho de registro se transforma em uma guerra de sobrevivência quando eles também se tornam o alvo. O elenco conta ainda com nomes como Stephen McKinley Henderson (um show como o Sammy ).
O filme não explica nada e não liga pra gente, apenas nos vemos num meio de um combate sem perdão, afinal é uma guerra civil numa fita que lembra os consagrados Sob Fogo Cerrado e Salvador mas de um realismo perturbador. A cena de Jesse Plemmons como o conservador violento já está no hall das cenas mais angustiantes do cinema. Pesado em todos os sentidos. A fotógrafa novata que aprende passo a passo onde se meteu é também um dos destaques dessa odisséia sem glória.
A trama não para durante seus curtos 100 minutos e mostra uma visceralidade difícil de ser vista no cinema americano. Tido como oportuno pela sua visão crítica ao conservadorismo, o filmeapesar de mostrar a luta contra um presidente golpista permite diversas interpretações. Vá sem medo.